Em um país marcado pela degradação moral das pessoas, ainda vale a pena acreditar!
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domingo, 21 de abril de 2013
ENEM – iniciativa de inclusão ou manobra política?
ENEM – iniciativa de
inclusão ou manobra política?
O ENEM veio para
reformular a maneira de avaliar a capacidade do aluno. Até aí tudo
bem, convenhamos que o vestibular tradicional, utilizado pelas
universidades públicas, estava precisando de uma renovação. Na
verdade, o “antigo” modelo de vestibular era bastante favorável
as famílias que possuiam elevado poder aquisivo, uma vez que, os
pais colocavam seus filhos nas melhores escolas e cursinhos,
facilitando dessa forma a aprovação diante dos desprovidos de
recursos.
A formação
universitária era um sonho distante de qualquer estudante pobre de
escola pública, e quando alcançada, tornava-se bastante valorizada.
Isso mantinha o alto nível dos estudos acadêmicos.
Esse quadro vem mudando
com a substituição progressiva dos exames tradicionais pelo ENEM. A
iniciativa é honesta, mas a forma de avaliação e inclusão são
questionáveis.
A redação por exemplo, por que não se torna
acessível após a correção? E com relação as Cotas para negros,
elas são realmente viáveis? O objetivo do governo é apenas
inclusão? Com diversas modalidades de cotas para ingresso, bolsas
de financiamento e a implantação de novos cursos; a educação de
nível superior torna-se mais acessível e esse processo tende
permanecer.
Nos últimos anos, a
quantidade de estudantes oriundos de escolas públicas nas
universidades aumentou consideravelmente, e as desistências também.
Essa massificação traz consequências sociais, especialmente no
campo qualitativo, mas ainda é cedo pra falar em banalização dos
estudos em cursos superiores.
Se não houver da parte
do governo investimento maciço em pesquisas científicas, incentivo
financeiro aos estudantes, intercâmbios e melhoria de
infra-estrutura nas universidades, exigência de maior empenho dos professores, a
política de inclusão tende a ir por água abaixo.
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